Nova imagem da Nebulosa do Caranguejo mostra detalhes jamais vistos

Nebulosa do caranguejo - Nova Imagem
Veja detalhes e cores surpreendentes nessa nova imagem composta da nebulosa Messier 1

A Nebulosa do Caranguejo é uma estrutura estonteante! Observar seus detalhes, suas cores, e saber que ela já é observada pelo ser-humano há pelo menos 900 anos a torna ainda mais encantadora. Isso sem contar com o fato dela ter sido responsável por uma supernova visível a olho nu por cerca de dois anos!

E agora, uma nova imagem da Nebulosa do Caranguejo está deixando todo mundo de boca (ainda mais) aberta, isso porque ela é o resultado de um trabalho em conjunto, feito por cinco observatórios, que combinaram suas forças para criar a visão mais rica em detalhes dessa belíssima estrutura.

Para criar essa image foram utilizadas observações feitas em quase todo o espectro eletromagnético: das ondas de rádio registradas pelo Very Large Array (VLA), ao brilho de raios-X observado pelo Observatório Espacial Chandra. Também foram utilizadas imagens nítidas da luz visível do Hubble, como também a visão em infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer, além do ultravioleta registrado pelo XMM-Newton:

Nova imagem da Nebulosa do Caranguejo
Imagem composta revela a Nebulosa do Caranguejo com detalhes jamais vistos.
Créditos: NASA / ESA / G. Dubner (IAFE, CONICET-University of Buenos Aires) et al. / A. Loll et al. / T. Temim et al. / F. Seward et al. / VLA / NRAO / AUI / NSF / Chandra / CXC / Spitzer / JPL-Caltech / XMM-Newton / Hubble / STScI


A imagem acima é uma combinação de registros feitos por 5 diferentes telescópios. Em vermelho (rádio), vemos dados do VLA; em amarelo (infravermelho), do Spitzer; em verde (luz visível) do Hubble; em azul (ultravioleta) do XMM-Newton; em roxo (raios-X) do Chandra.


A Nebulosa do Caranguejo, também conhecida como Messier 1, ou simplesmente M1, está localizada a 6.500 anos-luz de distância da Terra, e tem cerca de 10 anos-luz de diâmetro. A supernova que a criou foi testemunhada pela primeira vez em 1054. No centro da nebulosa está uma super-densa estrela de nêutrons (pulsar) que é tão maciça quanto o Sol, porém com um tamanho de uma pequena cidade. Esse pulsar completa uma rotação a cada 33 milissegundos, disparando faróis de ondas de rádio e luz. O pulsar pode ser visto como o ponto brilhante no centro da imagem.




Os cientistas dizem que o formato da nebulosa é causado por uma interação complexa do pulsar: seu vento que move partículas para a região externa, e seu material ejetado antes, durante e depois da explosão da supernova.

Imagem composta - Nebulosa do Caranguejo
Plano mostra a visão da Nebulosa do Caranguejo em diferentes níveis de onda e o resultado final da composição.
Créditos: NASA / ESA / G. Dubner (IAFE, CONICET-University of Buenos Aires) et al. / A. Loll et al. / T. Temim et al. / F. Seward et al. / VLA / NRAO / AUI / NSF / Chandra / CXC / Spitzer / JPL-Caltech / XMM-Newton / Hubble / STScI

Para compor essa nova imagem, as observações do VLA, Hubble e Chandra foram feitas já a algum tempo, quase que na mesma época, em novembro de 2012. Uma equipe de cientistas liderada por Gloria Dubner do Instituto de Astronomia e Física (IAFE), o Conselho Nacional de Ciência (CONICET) e a Universidade de Buenos Aires, na Argentina, fizeram uma análise minuciosa dos detalhes recentemente revelados a fim de encontrar novas evidências sobre a física complexa da estrutura. O estudo foi detalhado na revista The Astrophysical Journal.




Referente a região central da nebulosa, a equipe disse que a comparação das observações de rádio e de raios-X sugere a existência de um sistema de jato duplo, sendo que um foi encontrado através da visão em raios-X e o outro através de rádio. Nenhum dos jatos se origina no próprio pulsar, mas sim em seus arredores. [conheça os diferentes tipos de nebulosa]




Apesar da Nebulosa do Caranguejo estar sendo estudada há muitas décadas, as novas imagens fornecem detalhes jamais vistos, indicando que mesmo após anos de observações, ainda existem muitos segredos a serem revelados...



Imagens: (capa-NASA/ESA/divulgação) / NASA / ESA / G. Dubner (IAFE, CONICET-University of Buenos Aires) et al. / A. Loll et al. / T. Temim et al. / F. Seward et al. / VLA / NRAO / AUI / NSF / Chandra / CXC / Spitzer / JPL-Caltech / XMM-Newton / Hubble / STScI
15/05/17

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2 comentários:

  1. Que imagem mais psicodélica. Nunca fiz uso de substâncias psicoativas, mas isso deve ser mais ou menos o que se vê quando o cara consome aquelas ervas sinistras. Falando sério, muito bonita mesma essa junção de cores.

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  2. a M1 realmente é estonteante! valeu GDM!

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