A câmera a bordo da sonda Juno, da NASA, registrou imagens das características mais icônicas da famosa Grande Mancha Vermelha durante seu sobrevoo ocorrido em 10 de julho. As imagens mostram o maior furacão do Sistema Solar de uma forma nunca antes vista!
"Por centenas de anos, os cientistas observaram, imaginaram e teorizaram sobre A Grande Mancha Vermelha de Júpiter", disse Scott Bolton, investigador principal da missão Juno. "Agora, temos as melhores fotos dessa tempestade icônica. Levará algum tempo para analisar todos os dados, não só da JunoCam, mas dos oito instrumentos científicos de Juno, e assim lançar uma nova luz sobre o passado, presente e futuro da Grande Mancha Vermelha".
Conforme planejado pela equipe Juno, voluntários de projetos de ciência cidadã processaram as imagens brutas do sobrevoo de Juno, fornecendo um nível de detalhamento mais elevado. As imagens processadas por voluntários, bem como as imagens brutas prontas para processamento podem ser encontradas na galeria de fotos do site oficial da missão Juno.
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter registrada em sobrevoo feito por Juno, no dia 10 de julho de 2017.
Créditos: NASA / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt / Seán Doran © PUBLIC DOMAIN
"Eu tenho acompanhado a missão Juno desde seu lançamento", disse Jason Major, cientista cidadão da JunoCam e designer gráfico da Warwick, em Rhode Island. "É sempre empolgante ver essas novas imagens brutas de Júpiter à medida que elas chegam. Mas é ainda mais emocionante pegar as imagens brutas e transformá-las em algo que as pessoas possam apreciar. É para isso que eu vivo."
Medindo 16.350 quilômetros de largura (segundo medição feita em 3 de abril de 2017), a Grande Mancha Vermelha de Júpiter é 1,3 vezes maior do que a Terra. Essa tempestade tem sido monitorada desde 1830 e possivelmente existe a mais de 350 anos. Atualmente, a Grande Mancha Vermelha parece estar encolhendo.
Todos os instrumentos científicos a bordo da sonda Juno estavam operando durante o sobrevoo, coletando dados que agora estão sendo retornados para a Terra. A nave espacial alcançou seu ponto mais próximo com Júpiter no dia 10 de julho, chegando a 3.500 quilômetros acima das nuvens do planeta. Onze minutos e 33 segundos após a máxima aproximação, Juno cobriu mais de 39.771 quilômetros, ao passar diretamente sobre as nuvens turbulentas da Grande Mancha Vermelha - a uma distância de 9.000 quilômetros.
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter registrada em sobrevoo feito por Juno, no dia 10 de julho de 2017.
Créditos: NASA / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt / Seán Doran © PUBLIC DOMAIN / Gerald Eichstädt
A sonda Juno foi lançada em 5 de agosto de 2011, do Cabo Canaveral, na Flórida, EUA. Os grandes sobrevoos realizados pela sonda fazem parte da missão, e visam estudar as origens, estrutura, auroras, atmosfera e magnetosfera do planeta.
Os primeiros resultados científicos da missão Juno retratam o maior planeta do Sistema Solar como um mundo turbulento, de estrutura interior complexa, com auroras polares energéticas e o local de grandes ciclones polares.
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"Essas imagens da Grande Mancha Vermelha são a 'tempestade perfeita' de arte e ciência. Com dados da Voyager, Galileo, New Horizons, Hubble e agora da Juno, temos uma melhor compreensão da composição e evolução desta característica do planeta", disse Jim Green, diretor de ciência planetária da NASA. "Estamos satisfeitos em compartilhar a beleza e a emoção da ciência espacial com todos".
Imagens: (capa-NASA/SwRI) / NASA / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt / Seán Doran © PUBLIC DOMAIN / Gerald Eichstädt
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