Impacto na Lua - equipe brasileira registra clarão na superfície lunar

impacto lunar - descoberta no Brasil
Vídeo feito por equipe de brasileiros mostra claramente o que pode ser uma colisão na superfície da Lua


Durante sua rotina de monitoramento da Lua, o Observatório ROCG (Remote Observatory Campos dos Goytacazes), detectou um brilho diferente que chamou a atenção de sua equipe. O que era aquele brilho? Um possível impacto lunar.



O registro foi feito no dia 14 de agosto de 2018, às 21:31:14 UTC (18h31 pelo horário de Brasília), e divulgado inicialmente no site do projeto Exoss.

Impactos lunares ocorrem quando objetos (asteroides e meteoroides, por exemplo) colidem com a superfície da Lua. Por ter uma atmosfera muito rarefeita, esses objetos não deixam rastros de brilho no céu como acontece aqui na Terra (com os meteoros). Pelo contrário - na Lua, mesmo os pequenos fragmentos entram livremente pela fina camada de ar que envolve nosso satélite natural, e acabam colidindo com sua superfície com muito mais facilidade. Quando isso acontece, um pequeno flash de impacto é detectado.




Esse possível impacto lunar foi registrado durante a chuva de meteoros Perseidas, que teve seu pico apenas dois dias antes do ocorrido, em 12 de agosto. Há uma chance grande de que os meteoroides responsáveis pela chuva Perseidas também sejam responsáveis pelo flash que vemos abaixo:


De acordo com Carlos Henrique Barreto, proprietário e coordenador técnico do observatório remoto, a análise do evento permitiu identificar 4 frames do possível impacto:

provavel impacto lunar descoberto por brasileiros
Frames e imagem congelada mostram o flash que poderá ser confirmado como impacto lunar.
Créditos: EXOSS / ROCG / divulgação

Recentemente, no dia 17 de julho de 2018, outro possível impacto também foi registrado pela equipe do Observatório ROCG, composta por Carlos Henrique Barreto (Proprietário e coordenador operacional), Fabiana Barreto (Proprietária e apoio operacional), Marcelo De Cicco (Coordenador Científico), Tiago Torres, Robert Magno e Marçal Evangelista (operadores de observação).

Os associados Diego de Bastiani, Luciana Fontes, Marco Mastria e Welton Jesus participam como equipe de apoio às operações de monitoramento de impacto lunar e de NEOs.




O Observatório Remoto de Campos dos Goytacazes (ROCG) está localizado no Rio de Janeiro. Ele foi idealizado e construído por Carlos Henrique Barreto. Sua primeira observação de inauguração ocorreu em outubro de 2016. O observatório ROCG faz parte do projeto de Observação de Impactos Lunares do EXOSS - rede colaborativa de ciência cidadã para o estudo e observação de meteoros, bem como para outros projetos ligados a Astronomia no Brasil.




Para que esse impacto lunar seja confirmado, é necessário o registro de outro observador. Por isso é importante a divulgação de eventos desse tipo.


Imagens: (capa-EXOSS) / EXOSS / ROCG / divulgação
22/08/18


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4 comentários:

  1. Até que em fim alguma notícia dos pesquisadores científicos!!

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  2. sera q eu li direito "uma fina camada de ar que envolve o nosso satelite natural"

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    1. Apesar de ser praticamente imperceptível, a Lua possui uma atmosfera, que muitas vezes é descrita como "insignificante". Mas ainda assim, existe uma fina camada Renns ;)

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  3. penssei a mesma coisa, que curioso??? acho que a NASA está escondendo algo? A VERDADE ESTA LÁ FORA

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