Vida marinha vai sobreviver a 6ª Extinção em Massa? Cientistas descobrem algo inusitado

vida marinha - extinção em massa
Uma luz no fim do túnel... ou não?


A extinção em massa do Triássico-Jurássico, ocorrida a 200 milhões de anos, aniquilou com quase 50% da vida na Terra. De acordo com estudos recentes, um dos principais fatores que desencadearam essa grande extinção foram as grandes erupções vulcânicas, que aumentaram significativamente os níveis de gases de efeito estufa na atmosfera, levando a um aquecimento global.

Mas de acordo com um estudo de uma equipe internacional de cientistas, embora a extinção em massa do Triássico-Jurássico tenha eliminado uma grande quantidade de espécies, os ecossistemas marinhos parecem não ter tido mudanças drásticas.



"Enquanto a extinção em massa do Triássico-Jurássico teve um grande impacto no número total de espécies marinhas, ainda restou diversidade suficiente entre as espécies", disse o Dr. Dunhill, da escola Earth and Environment at Leeds, principal autor do estudo. "O ecossistema marinho foi capaz de funcionar da mesma maneira que antes."


A Extinção Triássico-Jurássica e seus resultados

A equipe comparou o ecossistema marinho em todo o evento de extinção em massa do Triássico-Jurássico, examinando fósseis do Triássico Médio ao Jurássico Médio - um período de 70 milhões de anos.




Eles classificaram o estilo de vida de diferentes animais que viviam nos oceanos de acordo com a forma com que se moviam, se alimentavam e onde viviam, e como isso, foi possível determinar que nenhum desses "estilos de vida" desapareceu completamente devido ao evento de extinção, que preservou o ecossistema marinho.

O estudo publicado na revista Palaeontology mostra que, embora a extinção não tenha resultado em mudanças na ecologia marinha global, ela gerou efeitos regionais ambientais e causou impacto extremo em ecossistemas oceânicos específicos.




"Uma das grandes vítimas marinhas da Extinção Triássico-Jurássico foram os animais estacionários de recife, como os corais", disse o Dr. Dunhill. "Quando examinamos o registro fóssil vimos que, apesar do ecossistema marinho ter continuado a funcionar de modo geral, levou mais de 20 milhões de anos para que os recifes de corais tropicais se recuperassem desse cataclismo global ambiental."

Corais registrados na Grande Barreira de Corais, na Austrália - Toby Hudson
Corais fotografados na Grande Barreira de Corais, na Austrália.
Créditos: Toby Hudson / Wikimedia Commons

"Os ecossistemas de recife são os mais vulneráveis ​​a mudanças ambientais rápidas. O efeito dos gases de efeito estufa do Triássico-Jurássico nos ecossistemas marinhos não é muito diferente do que você vê acontecendo com os recifes de corais que sofrem com o aumento da temperatura do oceano hoje".

De acordo com o professor Richard Twitchett, do Museu de História Natural de Londres, compreender a extensão do colapso dos recifes durante as extinções passadas pode nos ajudar a prever o que pode acontecer com os nossos ecossistemas marinhos atuais.




"Os ecossistemas tropicais sofreram devastações generalizadas cada vez que os gases de efeito estufa aumentaram rapidamente no passado", disse Richard. "Quando você vê resultados semelhantes e repetidos no passado, apesar das diferentes condições, esses mesmos resultados provavelmente ocorrerão novamente no futuro."


Imagens: (capa-Carlos Viloch/divulgação) / Toby Hudson / Wikimedia Commons
24/10/17


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