As plantas chinesas na Lua já morreram

plantas na lua morreram
Infelizmente o experimento pra se criar uma mini biosfera na Lua está finalizado


Agora a Lua volta a ser um mundo hostil e sem vida. Tudo bem que ela nunca deixou de ser hostil, apesar das plantas chinesas brotarem por lá, mas agora a vida já não existe mais (nem dentro de uma estufa).



Algodão, batata e colza haviam brotado e pareciam estar bem dentro da estufa acoplada a sonda Chang'e 4, que encontra-se no Lado Oculto da Lua. Porém, assim que a noite chegou por lá (noite essa que dura cerca de 14 dias e as temperaturas de superfície chegam a assustadores -100ºC), as plantinhas não resistiram - a temperatura no interior da estufa chegou a -52ºC, e as plantas literalmente congelaram após 212 horas de experimento.

plantas germinando na Lua
Fotografia da estufa com as plantas germinando na Lua.
Créditos: Universidade Chongqing / CNSA

Não ficou claro se o congelamento das plantas ocorreu devido a um erro, já que a China havia informado que a estufa cilíndrica de cerca de 18 cm tinha controle de temperatura pra que não oscilasse abaixo de 1ºC e acima de 30ºC.




As plantas agora permanecerão congeladas até que os raios solares atinjam a superfície do Lado Oculto da Lua, dando início a um dia que terá duração de aproximadamente 2 semanas. Quando isso acontecer, as temperaturas irão subir drasticamente, e as plantas irão se decompor.

Para que não haja qualquer risco de contaminação, a estufa é completamente vedada, então o material não poderá escapar, disseram oficias da agência espacial chinesa (CNSA).

Estufa cilíndrica que agora está no Lado Oculto da Lua
Estufa cilíndrica que agora está no Lado Oculto da Lua.
Créditos: Universidade Chongqing

Chang'e 4 e o explorador Yutu 2 continuarão examinando a superfície da cratera Von Kármán, a fim de entender melhor como funciona a geologia lunar.




Apesar das plantas da missão Chang'e 4 terem sido as primeiras a germinar na Lua, elas não foram as primeiras a "ganhar o espaço". Plantas já foram germinadas na Estação Espacial Internacional, na Estação Espacial Mir, da Rússia, e também no laboratório Espacial Tiangong-2, da China.


Imagens: (capa-CNSA) / Universidade Chongqing / CNSA
17/01/19


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