Em um dos casos eles descobriram que um desses planetas destruídos tinha um
manto semelhante ao da Terra
Astrônomos perceberam que a existência de
exoplanetas rochosos ao redor de Anãs Brancas parece ser ainda mais
radical do que se acreditava, com asteroides incomuns que não são
encontrados em nenhum lugar do Sistema Solar.
Enquanto a descoberta de exoplanetas (ou seja: planetas que orbitam
outras estrelas bem longe do nosso Sol) só aumenta, com milhares já
detectados e muitos outros a serem confirmados, a compreensão sobre esses
sistemas continua muito difícil, e por isso alguns astrônomos tiveram uma
ótima ideia: olhar para os sistemas que já foram destruídos por suas
estrelas!
Conforme publicação na 'Nature Communications', a dupla de cientistas
composta por por Keith Putirka e Siyi Xu, procurou por Anãs Brancas
cercadas de restos de núcleos estelares destruídos e expostos.
Ilustração artística de campo de asteroides.
Créditos: divulgação
Os arredores desses objetos são predominantemente compostos de hidrogênio e
hélio, mas podem se tornar "poluídos" quando materiais de antigos planetas,
asteroides e luas são somados.
Na pesquisa, os especialistas observaram 23 anãs brancas poluídas em uma
área de 650 anos-luz, e fizeram estimativas precisas de quanto magnésio,
silício, cálcio e ferro estão presentes nesses objetos, o que permitiu à
equipe reconstruir como eram as rochas de onde eles se originaram.
A equipe não encontrou evidências de crosta continental (que é a parte
externa dos planetas) no material poluído, provavelmente devido à sua
proporção relativamente pequena entre os detritos, mas viram que as camadas
mais profundas das rochas são mais abundantes, o que foi uma surpresa pra
eles.
"Embora alguns exoplanetas que orbitaram anãs brancas poluídas pareçam
semelhantes à Terra, a maioria tem tipos de rochas que são exóticas para
nosso Sistema Solar", disse o Dr.Xu do NOIRLab em um comunicado.
Por isso a dupla teve que criar alguns novos nomes para alguns dos tipos de
rocha que formavam esses planetas antigos agora destruídos. Entre esses
novos nomes estão "piroxenitos de quartzo" e "dunitos de periclásio", que
são alguns nomes que até soam como elementos de ficção científica. Mas a
importância desses novos tipos de rocha são mesmo suas propriedades, muito
diferentes do que temos aqui no Sistema Solar.
Segundo a dupla responsável pela pesquisa, alguns tipos de rocha descobertos
ao redor das anãs brancas dissolveriam mais facilmente na água do que as
rochas na Terra e poderiam impactar o desenvolvimento dos oceanos de forma
muito diferente, enquanto outros tipos podem ser mais delicados, o que
facilitaria o desenvolvimento de placas tectônicas.
Com esses novos dados, os cientistas têm agora uma visão muito mais complexa
dos mundos rochosos da Via Láctea, o que prova que eles podem ser muito mais
exóticos do que jamais poderíamos imaginar.
Imagens: (capa-ilustração) / divulgação
07/11/2021
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Imagina só trazerem amostras desses materiais para cá.
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