A estrutura delicada pode ser explicada pela combinação de minerais com a
    água e não é evidência de vida
  
  
  
    Uma formação microscópica diferente, menor que uma moeda, foi fotografada
    pelo rover Curiosity em Marte. O formato que lembra uma flor ou um coral, de
    acordo com especialistas, é na verdade de origem mineral.
  
  
    A imagem que é na verdade um mosaico composto por seis fotos, foi feita pelo
    instrumento Mars Hand Lens Imager (MAHLI), acoplado ao fim do braço robótico
    do rover. Na imagem abaixo podemos ver a estrutura comparada a uma moeda:
  
  
      Imagem em escala compartilhada no Twitter por Abigail Fraeman mostra uma
      moeda ao lado da estrutura encontrada em Marte.
    
    Créditos: NASA / Abigail Fraeman / divulgação
  
  
    Abigail Fraeman, vice-cientista do Curiosity, disse que a imagem mostra
    pequenas estruturas delicadas que se formam de minerais precipitados da
    água.
  
  
    Essas formações são conhecidas como "aglomerados de cristais diagenéticos".
    Diagenético indica uma recombinação de minerais, que forma aglomerados
    tridimensionais.
  
  
    Formações desse tipo já foram encontradas anteriormente. Elas ficam presas
    nas rochas e são liberadas ao longo do tempo a partir da erosão marciana.
  
  
    A estrutura recém encontrada pelo rover Curiosity, no entanto, parece ser
    resistente aos processos erosivos.
  
  
    Pareidolia em Marte (e suas várias formas)
  
  
    Pareidolia é o nome dado ao fenômeno que faz com que nosso cérebro associe
    padrões aleatórios com formas conhecidas. É a pareidolia que explica os
    diversos animais que podemos encontrar nas nuvens, por exemplo.
  
  
    A
    pareidolia está presente nas imagens marcianas
    e costuma chamar muito a nossa atenção já que estamos falando de registros
    feitos em outro planeta. Muitas dessas pareidolias marcianas já foram
    responsáveis até mesmo por publicações precipitadas de "possível detecção de
    vida fora da Terra".
  
  
    Recentemente, um estudo publicado por William Romoser, da Universidade de
    Ohio, nos EUA, afirmou ter encontrado "provas fotográficas" de que seres
    vivos em Marte, que seriam parecidos com insetos e répteis. As constatações
    foram feitas após a liberação de imagens do Planeta Vermelho feitas pela
    NASA.
  
  
      Imagem da Região Cydonia obtida pela Viking 1 lançada pelo NASA em 25 de
      Julho de 1976.
    
    Créditos: NASA / JPL-Caltech
  
  
    Outro caso que chamou a atenção foi quando imagens dos rovers Perseverance e
    Curiosity
    mostraram estranhas estruturas que de acordo com alguns pesquisadores
    seriam evidência de fungos em Marte.
  
  
    Até hoje, todas as "evidências de vida" em Marte, sobretudo aquelas feitas
    com base em registros fotográficos, não foram confirmadas. Pelo contrário.
    Algumas foram até mesmo ridicularizadas, afinal de contas, em todos os
    cantos, explicações geológicas foram muito mais aceitas e sustentáveis de
    forma científica. A pareidolia pode nos enganar (e muito!).
  
  
    Imagens: (capa-NASA) / NASA / JPL-Caltech / Abigail Fraeman / divulgação
  
  03/03/2022
  
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Não seria melhor rebaterem hipóteses com argumentos válidos? A ridicularização, quando usada para rebater uma hipótese, só leva a reforçar a aura de veracidade em torno da mesma.
ResponderExcluirA ridicularização só leva a maior polarização no conspiracionismo e a não aceitação do método científico, um grande atraso.
ResponderExcluirEsse site perdeu totalmente a credibilidade. Virou click n' bait.
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