A Lua tinha um coração magnético, afirmam cientistas

Por que as rochas lunares são magnetizadas? Ao que parece, os cientistas desvendaram de vez o grande mistério!


Os cientistas acreditam ter resolvido um mistério que já dura mais de 40 anos sobre a Lua. A grande questão que não tinha respostas (até agora) era sobre o que teria causado magnetismo nas rochas coletadas na Lua pelos astronautas da missão Apollo da NASA.

Ao contrário da Terra, a Lua não tem um campo magnético global, pelo menos não atualmente. Mas os cientistas teorizaram que a Lua, apesar de ter apenas 1% da massa da Terra, teve um movimento em seu núcleo de metais fundidos, o que poderia ter gerado um campo magnético global.




Outros pesquisadores não têm tanta certeza. Eles suspeitam que o solo lunar adquiriu campos magnéticos por conta de impactos de asteróides e de outros objetos em sua superfície. Por outro lado, um novo estudo fornece evidências de que a Lua não só tinha um núcleo magnético, como também ele era mais forte do que o núcleo atual da Terra.

O estudo, baseado em uma re-análise das amostras da missão Apollo, combinadas com dados recolhidos por uma série de sondas que orbitaram a Lua, levantam questões sobre como os fluidos condutores elétricos vieram a existir no núcleo da Lua, criando um dínamo que gerou um verdadeiro campo magnético global.

Lua por dentro
Estrutura da Lua.  Créditos: NASA

Benjamin Weiss (cientista planetário) e seus colegas com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, também estão curiosos para saber porque o campo magnético da Lua teve uma morte tão dramática, afinal de contas, o nosso planeta também possui um importantíssimo campo magnético, e não seria nada agradável perdê-lo de vez...

As análises mostram que a Lua teve um campo magnético orientado a dínamo entre 4.2 e 3.6 bilhões de anos atrás.  "Os campos magnéticos antigos ficam registrados em rochas, em alinhamentos microscópicos de elétrons, como pequenas agulhas de uma bússola", disse Weiss. "Quanto maior é a quantidade de alinhamentos, mais forte era o campo magnético".

"Talvez todas as vezes que a Lua era atingida por um grande impacto, ela sofria essa grande rotação, e o pólo norte mudava de lugar", comenta Weiss. "Podemos testar essa teoria medindo a direção de magnetização em função do tempo", acrescentou.




Uma pesquisa publicada no ano passado mostrou que o campo magnético da Lua sobreviveu muito mais tempo do que se acreditava, superando o período dos grandes impactos.

Outra hipótese é que a força gravitacional da Terra pode ter separado o manto sólido da Lua, fundindo seu núcleo e mantendo seu fluído em agitação.

Os novos resultados foram divulgados na revista Science.

Fonte: DNews / NASA / MIT
Imagens: NASA / MIT
08/12/14

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