Explosões solares: Um guia prático sobre intensidades e danos

tudo sobre explosões solares
Saiba quando elas ocorrem, e o quê elas causam aqui na Terra!


As erupções solares (também chamadas de explosões solares ou flares) são causadas por mudanças repentinas do campo magnético do Sol. Elas ocorrem quando os campos magnéticos dentro e ao redor do Sol se reconectam, e geralmente estão associadas a regiões ativas, como as manchas solares, onde os campos magnéticos estão mais fortes.

Devemos nos lembrar que as explosões solares são eventos completamente diferentes das Ejeções de Massa Coronal.


Mas qual é a potência de uma erupção solar?

As explosões solares são classificadas de acordo com sua força. As mais fracas são de classe B, em seguida vem as classes C, M e X.



Assim como ocorre na escala Richter para terremotos, cada letra representa um aumento de dez vezes na intensidade e produção de energia. Portanto, uma explosão de classe C é 10 vezes mais potente que uma de classe B; uma explosão de classe X é 10 vezes mais intensa do que uma de classe M, e 100 vezes mais intensa do que uma de classe C.

Dentro de cada classe (letra), existe uma escala ainda mais fina, que vai de 1 a 9.


Quais danos as explosões solares podem causar?

As explosões de classe B são praticamente imperceptíveis, e as de classe C são muito fracas para afetar significativamente a Terra.

escala de intensidade de erupções solares
Escala de erupções solares (intensidade).
Créditos: NASA / divulgação

As explosões solares de classe M podem causar pequenos blecautes de rádio nos pólos e tempestades geomagnéticas de baixa intensidade, mas que já são fortes o suficiente para por em risco os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, bem como os satélites artificias da Terra.




Erupções solares de classe X são as mais intensas, e aquela escala fina que vai de 1 a 9 (informada um pouco acima) é infinita na classe X. Com isso, existem explosões solares 10 vezes mais intensas do que uma erupção de classe X1.

No dia 6 de setembro de 2017, uma explosão solar de classe X9.3 chamou a atenção dos meteorologistas espaciais por ser a explosão mais forte em mais de uma década.


A explosão solar mais intensa já registrada ocorreu em 2003, durante o máximo solar. Ela foi estimada em cerca de X45! Para se ter uma ideia de seu poder energético, até mesmo os sensores que faziam as medições ficaram sobrecarregados quando a escala chegou em X17.




Explosões solares intensas de classe X podem gerar tempestades de radiação super intensas, danificando satélites, causando blecautes de rádio e até mesmo apagões na rede elétrica, como ocorreu em setembro de 1859, no episódio conhecido como "Evento de Carrington". Na ocasião, os aparelhos de telégrafo e seus papéis foram incendiados (literalmente), e magnetômetros ao redor do mundo registraram fortes perturbações no campo magnético do planeta, por mais de uma semana. A sorte é que na época a sociedade não era tão dependente da tecnologia como hoje em dia...

Em julho de 2012, tivemos um evento parecido, e por sorte, a Terra escapou por pouco de uma nova tempestade solar extrema.

As tempestades solares perfeitas (ou extremas) ocorrem quando o campo magnético da Terra, já enfraquecido por uma ou mais explosões solares, é atingido por uma poderosa Ejeção de Massa Coronal. Isso é um risco real para toda tecnologia da qual tanto dependemos nos dias atuais.




Por isso o monitoramento da atividade solar é tão importante, afinal de contas, o que acontece lá no espaço influencia diretamente o nosso cotidiano aqui na Terra. E com o avanço tecnológico que caminha a passos largos, temos que, cada vez mais, ficar atentos as tempestades solares.



Imagens: (capa-NASA/SDO) / NASA / divulgação
09/10/17


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