Novas observações de Borisov mostram que cometa interestelar pode se desintegrar

atualização do cometa interestelar Borisov
Com ajuda do Telescópio Espacial Hubble, pesquisadores conseguem novas informações do cometa interestelar Borisov


Quando o objeto 1I/'Oumuamua foi avistado em nosso Sistema Solar, todos ficamos perplexos com a possibilidade de visita de objetos interestelares. Mas logo em seguida, em outubro de 2019, um outro objeto interestelar foi descoberto.


Dessa vez, diferente de 'Oumuamua, o objeto foi identificado como um cometa. Intitulado 2I/Borisov (em homenagem ao seu descobridor, o astrônomo amador Gennadiy Borisov, ele logo ganhou destaque. Outro ponto positivo é que, também diferente de 'Oumuamua (que foi descoberto quando já estava deixando nosso Sistema Solar), o cometa Borisov foi visto quando ainda estava se aproximando do periélio (máxima aproximação com o Sol). Com isso, os astrônomos tiveram e ainda têm uma chance única de estudar um objeto interestelar sem precisar sair daqui, do nosso próprio sistema.

Recentemente, uma equipe de pesquisadores liderados por David Jewitt, da Universidade de Los Angeles California (UCLA) conseguiram atualizações sobre as características do cometa interestelar Borisov, isso graças aos dados observacionais do Telescópio Espacial Hubble.


Eles analisaram o cometa a uma distância de 2.4 UA - Unidades Astronômicas - do Sol. Vale lembrar que 1 UA equivale a distância média entre a Terra e o Sol.

Pra começar, o tamanho do cometa interestelar Borisov é menor do que se pensava. Considerando seu brilho, taxa de aceleração e produção de gás, o núcleo do cometa que antes era estimado entre 2 km e 16 km, agora foi estimado entre 200 e 500 metros.




Suas propriedades também indicaram uma densidade de 25 kg/m³. Como comparação, a densidade da Terra é de 5.500 kg/m³.

Porém, o que chamou mesmo a atenção dos pesquisadores foi sua rotação. O pequeno raio de Borisov + sua sublimação descontrolada pode fazer com que o cometa interestelar altere seu eixo de rotação drasticamente, o que pode levar a uma fragmentação completa!




Os cientistas ainda têm algum tempo para observar o cometa Borisov. Em julho de 2020 ele estará próximo da órbita de Júpiter, e em março de 2021, próximo de Saturno. Novas descobertas podem chegar a qualquer momento.



Imagens: (capa-NASA/ESA) / NASA / ESA / D. Jewitt / UCLA / divulgação
13/02/2020


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