Os astrônomos conseguiram detectar buracos negros invisíveis de uma forma bem
  peculiar: pelo "som" que eles emitem
    Foram identificados 8 novos pares raros de buracos negros cercados de
    estrelas, e tudo isso graças aos ecos de raios-X que eles emitem.
    Anteriormente, havia apenas dois pares conhecidos emitindo ecos de raios-X
    em nossa galáxia.
  
  
    Já sabemos há um bom tempo que o Universo esconde incontáveis buracos
    negros, e a nossa Galáxia está repleta deles.
  
  
    E por serem invisíveis, afinal sugam tudo o que está ao seu redor e não
    deixam nem mesmo a luz escapar, eles são muito difíceis de serem detectados.
  
  
    Na maioria das vezes só sabemos que estão ali porque deixam escapar raras
    rajadas de raios-X quando se alimentam de estrelas, ou pelas órbitas dos
    objetos que os cercam,
    que se movem ao redor de um local onde parece não haver nada.
  
  
    Mas agora os astrônomos conseguiram detectar esses gigantes invisíveis de
    uma forma bem peculiar: pelo "som" que eles emitem. 
  
  
    Claro que no Espaço o som não se propaga, e se estivéssemos perto de um
    desses engolidores de mundos nada ouviríamos com nossos próprios ouvidos,
    mas graças aos ecos de raios-X que eles liberam, nossos equipamentos
    denunciam sua presença!
  
  
    O sistema consiste em converter os ecos de radiação em ondas sonoras,
    e o resultado é tão surreal quanto a própria natureza desses objetos
    extremos. Um som um tanto fantasmagórico que não deixa dúvidas sobre a
    grandiosidade desses exterminadores de matéria.
  
  
    A equipe de pesquisa desenvolveu uma ferramenta automatizada chamada
    "Máquina de Reverberação" para procurar
    ecos de buracos negros binários em dados de satélite.
  
  
    E durante o estudo, os pesquisadores usaram essa ferramenta para examinar
    dados coletados pelo telescópio de raios-X da NASA chamado NICER, que faz
    parte da
    Estação Espacial Internacional.
  
  
    Os especialistas explicaram que os buracos negros puxam material de uma
    estrela em órbita,
    lançando jatos brilhantes de partículas na velocidade da luz. 
  
  
    A equipe de pesquisa notou que, durante esse processo, o
    buraco negro libera um flash final altamente energético antes de
    fazer a transição para um estado de baixa energia.
  
  
    Além de serem surreais aos nossos ouvidos, os ecos dessas emissões de
    raios-X ainda prometem nos ajudar a mapear onde os buracos negros estão
    localizados, algo bem parecido com o
    sistema de eco localização dos morcegos, que emitem sons que rebatem
    nos obstáculos e retornam como um eco, e a duração do retorno do eco ajuda
    os morcegos a determinar a distância dos objetos. 
  
  
    E como morcegos no Espaço, poderemos detectar Buracos Negros através desses
    ecos, o que pode nos ajudar a encontrar muitos outros desses gigantes
    invisíveis.
  
  
    As descobertas do estudo foram publicadas no periódico The Astrophysical
    Journal.
  
Imagens: (capa-ilustração) / divulgação
02/12/2022
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Realmente impressionante essa máquina de reverberação. O som obtido desta conversão, é surreal e um tanto fantasmagórico. Gostei!
ResponderExcluirExiste uma outra gravação de outro buraco negro feita pela NASA cujo som parece mais algo como inúmeros gemidos e lamúrias saídos de um poço de almas penadas. Essa gravação GoBe' P'tok (não é para páták).