A Ejeção de Massa Coronal de 13 de março de 2023 pode ter sido a mais intensa
  já observada desde que se iniciou o monitoramento da atividade solar
    Uma Ejeção de Massa Coronal muito poderosa, classificada como
    extremamente rara aconteceu no lado distante do Sol em
    13 de março de 2023, atingindo uma velocidade de 3.000 km/s.
  
  
    Apesar desse "tiro de canhão" de material solar ter acontecido na face do
    Sol que não está virada pra Terra, uma onda de choque foi notada se
    espalhando em todas as direções. As partículas energizadas pela onda de
    choque fazem efeito de granulação nas imagens do coronógrafo do Observatório
    Solar e Heliosférico da NASA (SOHO).
  
  
    A velocidade dessa Ejeção de Massa Coronal foi tão absurda que mesmo não
    tendo sido direcionada pra Terra, seus efeitos chegaram aqui em menos de 24
    horas (quando o comum é que as partículas energizadas cheguem em 2 ou 3
    dias.
  
  
    O satélite GOES-16 notou um estranho blecaute de rádio - um evento raro
    chamado PCA (Polar Cap Absorption Event). Isso acontece quando
    partículas energizadas chegam na Terra e o fluxo de radiação penetra pelos
    polos magnéticos, afetando a propagação principalmente das ondas de rádio HF
    (alta frequência), entre 3 e 30 MHz, perturbando a comunicação, satélites e
    até mesmo o GPS. Um evento raro como esse pode durar alguns dias.
  
  
    A possível origem desse dramática e poderosa Ejeção de Massa Coronal
    possivelmente foram as regiões ativas 3234 ou 3236, que estão no lado
    distante do Sol. Dentro de 4 ou 5 dias essas regiões ativas devem se tornar
    visíveis novamente, ganhando nova nomenclatura.
  
  
    Poder ter sido a maior Ejeção de Massa Coronal já registrada
  
  
    De acordo com especialistas do clima espacial, essa Ejeção de Massa Coronal
    foi ao nível do
    Evento de Carrington
    (ou até mais intensa). Nos dias atuais, os efeitos seriam absurdos já que
    contamos muito mais com a tecnologia do que na época em que o Sol queimou
    telégrafos ao redor do globo.
  
  
    Nos dias atuais,
    os efeitos de uma tempestade solar
    causada por uma Ejeção de Massa Coronal como essa (se tivesse sido
    direcionada pra Terra) iriam desde arrasto de satélites (por conta da
    expansão da atmosfera), danos a satélites, transformadores de energia,
    abastecimento de água e até mesmo danos à internet global.
  
  
    O
    ciclo solar 25 terá seu pico entre o final de 2024 e 2025, quando as manchas solares estarão pipocando em toda a face do Sol. A
    grande pergunta é: quando o Sol produzir a próxima Ejeção de Massa Coronal
    como essa, será direcionada para a Terra ou teremos sorte, mais uma vez?!
  
  Fiquemos de olho.
Imagens: (capa-SOHO) / SOHO / NASA / divulgação
14/03/2023
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Seria interessante se Marte tivesse na mira do Sol, aí veríamos o efeito prático na tecnologia sob ataque de EMCs
ResponderExcluir….ou sondas espaciais
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