Meteorito de Michigan: vários fragmentos são encontrados sobre o gelo e buscas não param

meteorito de michigan encontrado
Veja alguns meteoritos encontrados sobre um lago congelado, e entenda porque tanta gente está trás dessas rochas espaciais...


Caçadores de meteoritos já encontraram cerca de 10 objetos que seriam resultado da grande bola de fogo que rasgou os céus da região de Michigan, nos EUA.

A equipe de Larry Atkins, Robert Ward e Darryl Landry fizeram a descoberta numa região repleta de gelo. A equipe decidiu não revelar o local exato a fim de não atrair a atenção de outros pesquisadores e curiosos. Nas redes sociais, Larry mostra alguns dos meteoritos e informa que suas buscas continuam por pelo menos mais uma semana.

Larry Atkins mostra um dos meteoritos encontrados em Michigan no dia 18 de janeiro de 2018 - Creditos - Darryl Landry
Larry Atkins mostra um dos meteoritos encontrados por ele em Michigan no dia 18 de janeiro de 2018.
Créditos: Darryl Landry



A surpresa

A descoberta do primeiro meteorito ocorreu às 09h00 da manhã do dia 18 de janeiro. O segundo foi encontrado após 15 minutos. "Baseado nas minhas duas décadas de experiência e buscas por meteorito, não havia dúvidas sobre a origem daquelas rochas", disse ele.



Os meteoritos têm massa entre 20 e 100 gramas, e são pequenos - cabem na palma da mão. Larry disse ainda que todos parecem ser do tipo condrito, ou seja, meteoritos rochosos que são o tipo mais comum. Apesar disso, eles são atraídos por imãs já que contém traços de metais em sua composição.




Robert Ward tem 41 anos de idade, e também é um experiente caçador de meteoritos. Desde os 13 anos de idade ele faz buscas por rochas espaciais, sendo que sua lista de achados inclui 600 meteoritos distintos, encontrados em todos os continentes exceto na Antártica.

Robert Ward mostra um dos meteoritos encontrados por ele em 18 de janeiro de 2018 em Michigan - Creditos - Darryl Landry
Robert Ward mostra um dos meteoritos encontrados por ele em 18 de janeiro de 2018 em Michigan.
Créditos: Darryl Landry

Dezenas de caçadores de meteoritos se dirigiram à região onde possíveis fragmentos do bólido podem estar espalhados. O pequeno asteroide que entrou na atmosfera tinha uma velocidade lenta, de aproximadamente 45.000 km/h. O evento ganhou destaque na mídia internacional, e centenas de pessoas relataram o avistamento segundo a American Meteor Society. Com isso, foi fácil calcular a trajetória do objeto e onde seus fragmentos teriam caído.




Ainda não se sabe ao certo qual seria o tamanho da rocha espacial que originou o grande meteoro observado por tantas pessoas, mas estima-se que ele tinha apenas alguns poucos metros de diâmetro - diferente do meteorito de Chelyabinsk, que tinha cerca de 20 metros antes de explodir sobre a Rússia em 2013.


A busca por rochas do espaço

Segundo a NASA, mais de 50.000 meteoritos já foram encontrados na Terra, sendo que 99.8% são fragmentos de asteroides - grandes rochas espaciais que se formaram no início do Sistema Solar. Isso significa que os meteoritos podem ser comparados a cofres espaciais que guardam informações valiosas do nosso passado, quando os planetas ainda estavam em formação.

Meteoritos encontrados em Michigan
Meteoritos encontrados em Michigan divulgados pela American Meteor Society.
Créditos: Chris Cooper / Fred McPherson / divulgação

Mas não pense que apenas cientistas e Universidades estão envolvidos em buscas por meteoritos. Na verdade, a grande maioria dos exploradores são colecionadores e vendedores, como Larry Atkins, por exemplo. Meteoritos são considerados "pedras preciosas" - sim, elas vieram do espaço! Poucas coisas são tão gratificantes quanto segurar em suas mãos um pedaço de rocha que viajou sabe-se lá quantos milhões ou bilhões de anos pelo espaço até chegar aqui...




Os meteoritos encontrados pelos colecionadores são enviados para análise em Universidades. Quando vem a confirmação do laboratório, começam as negociações. E os preços são altíssimos - exemplares de meteoritos cuja queda foi observada (como no caso de Michigan) chegam a custar mais do que o ouro. E pra ciência isso também é muito bom, já que os cientistas sempre têm a chance de analisar a composição e os detalhes desses objetos espacias que mexem com o imaginário popular.


Imagens: (capa-divulgação/Chris Cooper) / Darryl Landry / Chris Cooper / Fred McPherson / divulgação
24/01/18


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