Urgente: astronautas permanecem abrigados nas cápsulas de retorno após encontro com nuvem de detritos

Urgente - astronautas permanecem abrigados nas cápsulas de retorno após encontro com nuvem de detritos

Uma nuvem de detritos ameaçou a Estação Espacial Internacional, forçando os astronautas a se abrigarem nas cápsulas de retorno

Sete astronautas na Estação Espacial Internacional foram forçados a se abrigar em suas cápsulas de transporte na manhã dessa segunda-feira, 15 de novembro, quando a Estação Espacial Internacional (ISS) passou muito próximo de uma nuvem de detritos.


A nuvem de detritos ameaçou a ISS já na madrugada de segunda-feira, quando a Estação Espacial Internacional continuou fazendo aproximações perigosas a cada 90 minutos, de acordo com especialistas que monitoram a situação.

A agência espacial russa Roscosmos confirmou o encontro com essa nuvem de detritos, embora a NASA ainda não tenha se pronunciado publicamente.


Por volta das 14:30 pelo horário internacional (11h30 BRT), a situação a bordo da Estação Espacial Internacional saiu de risco iminente para um alerta. Agora, tudo indica que as chances de colisão caíram, e a situação está quase normalizada.

Estação Espacial Internacional

De qualquer forma, por conta de ainda existir um risco pequeno de colisão, as escotilhas das espaçonaves onde os astronautas permanecem abrigados continuam fechadas por motivo de segurança.

"Atualmente, a tripulação da Estação Espacial Internacional está realizando operações rotineiramente de acordo com o programa de vôo", disse a assessoria de imprensa da Roscosmos. "A órbita do objeto, que forçou a tripulação hoje a se deslocar para a espaçonave de acordo com os procedimentos padrão, se afastou da órbita da ISS, a estação está na zona verde"


NASA, Roscosmos e seus parceiros monitoram regularmente um perímetro de segurança ao redor da estação espacial que tem a forma de uma caixa de pizza e se estende por  cerca de 25 quilômetros em torno da ISS, e 0,75 km acima e abaixo dela.

Os oficiais da estação espacial têm o poder de mover a estação para evitar impactos com detritos que entram na zona de segurança em torno da ISS, mas pra isso é necessário que haja tempo suficiente. Na semanada passada isso aconteceu, quando os destroços de um teste anti-satélite chinês de 2013 passaram perto da ISS em 10 de novembro.


Perigo de colisão

De acordo com uma transmissão de áudio ao vivo da Estação Espacial Internacional, os encontros da ISS com o "campo de destroços" têm uma duração de cerca de seis minutos.

O especialista em detritos espaciais Jonathan McDowell, do Harvard Center for Astrophysics disse no Twitter que o primeiro encontro com essa nuvem de detritos ocorreu às 07:06 UTC e durou cerca de 10 minutos.

Ao que tudo indica, a nuvem de detritos é o resultado do impacto de um teste de míssel anti-satélite russo, feito algumas horas antes. O satélite que teria sido destruído e criado essa nuvem de detritos é o Kosmos-1408.

Kosmos-1408 - satélite responsável pela nuvem de detritos que pos a iss em risco em 15 de novembro de 2021
Ilustração artística do satélite Kosmos-1408, de 1.750 kg.
Créditos: divulgação

"Os detalhes são vagos", twittou o jornalista espacial William Harwood da CBS News, "mas a tripulação de 7 membros da ISS refugiou-se em suas naves Soyuz MS-19 e Crew Dragon Endurance hoje cedo como precaução devido a passagens próximas e de risco a cada 93 minutos."

É procedimento padrão da Estação Espacial Internacional os astronautas se protegerem em seus veículos em casos de qualquer tipo de emergência, caso precisem evacuar a ISS.


Sete astronautas internacionais vivem e trabalham atualmente na estação espacial: os astronautas da NASA Mark Vande Hei, Raja Chari, Thomas Marshburn e Kayla Barron se juntam aos cosmonautas russos Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov e ao astronauta alemão Matthias Maurer da Agência Espacial Europeia (ESA) .

Chari, Marshburn, Barron e Maurer são recém-chegados à estação com a missão Crew 3 que ocorreu na quinta-feira (11 de novembro) a bordo da cápsula Crew Dragon batizada de Endurance, da SpaceX.



Imagens: (capa-NASA) / NASA / ESA / divulgação
15/11/2021


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